segunda-feira, 21 de abril de 2014

Prevenção do Suicídio - Parte II

A segunda parte do texto mostra mais a realidade interna do CVV quanto instituição, detalhando e pontuando as diversas partes da abordagem realizada por eles durante o atendimento. Essa parte mostra também de forma detalhada todo o processo pelo qual a pessoa que pretende trabalhar no CVV deve passar para se tornar um voluntário efetivo da instituição.
O CVV é uma instituição antiga, iniciada em São Paulo no ano de 1962, sendo reconhecida como Serviço de Utilidade Pública Federal apenas onze anos depois. Hoje com uma estrutura bem mais organizada e respeitada, a instituição conta com vários voluntários que se renovam continuamente para suprir a demanda de atendimento 24h por dia, todos os dias da semana, sem interrupções. A base desse projeto é humanista uma vez que não possui fins lucrativos, não é vinculada à nenhuma religião e não possui caráter profissional ou profissionalizante. Dessa forma o CVV se mostra como uma instituição preocupada com a sociedade, buscando harmonizá-la, enfatizando o valor da vida .
O PSV (Programa de Seleção de Voluntários) é uma das partes fundamentais do texto, talvez amais detalhada, pois através desse processo podemos enxergar melhor como a instituição funciona e o que ela espera daqueles que pretendem fazer parte dela. Esse programa - que pode ser encarado como um treinamento - funciona basicamente em duas etapas, os Temas: onde são expostas as teorias; e os Estágios: onde os alunos passam por treinamentos mais práticos. Dentro das turmas existe um facilitador, uma espécie de professor que dirigirá as aulas e tirará as duvidas dos alunos, no texto fica claro que se espera uma relação tranquila, sem muita separação hierárquica entre o facilitador e o aluno, de modo que cada um consiga dirigir a sua formação conforme suas dificuldades.
Essa segunda parte do texto desmistifica bastante o trabalho do CVV, pois mostra vários tipos de abordagem realizadas pelos voluntários, saindo do imaginário que todas as ligações e conversas são feitas dentro de um cenário tenso de situação clara de suicídio. O fato é que dentro de todas as situações, o CVV busca manter o seu foco na pessoa, desviando a atenção que geralmente é dada ao problema, de modo que a pessoa se sinta acolhida, pois e instituição vê o acolhimento como um método muito mais eficaz e seguro do que o próprio aconselhamento.
Em suma, o texto enfatiza o caráter humanitário do Centro de Valorização da Vida, o qual busca disponibilizar calor humano, conversa pessoal, acreditando mais nessa relação do que na frieza clínica que todos buscam fornecer.

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