O assunto “droga” sempre foi evitado, e quando discutido, sempre foi feito de um forma supericial, nunca analisando os aspectos que envolvem o usuário, mas apenas o aspecto químico do problema. O texto de certa forma é bem esclarecedor no que se refere à análise do contexto em que o indivíduo se encontra, mostrando esse ponto como fundamental e talvez até o principal no que se refere ao processo de tratamento de pessoas envolvidas com drogas.
No texto, o autor aborda alguns aspectos imortantes no desenvolvimento de uma dependencia, tais como o lugar onde a droga é usualmente consumida, a quantidade e frequencia das doses, e até mesmo a pessoa que aplica essas drogas. Esses fatores podem gerar uma tolerancia para o consumidor da droga, agravando ainda mais o processo de dependencia. Essa análise foi abordada no texto de uma forma muito experimental, fria, passando reto por pontos relevantes, o que acaba deixando o assunto muito teórico, sem um embasamento ou um exemplo prático que apoiem essas teorias, e talvez seja esse o ponto fraco do texto.
Depois da exposição dessas ideias e teorias, o autor aponta uma solução para essa dependencia, no que julgo como o ponto principal do texto, e o mais interessante. A solução proposta seria uma imersão do dependente na realidade que ele vivia no momento do uso da droga, porém, sem a aplicação da droga. Isso, segundo o autor, condicionaria o efeito o efeito que gerou a tolerância no cérebro do dependente, porém, sem aplicar o que gerou propriamente essa tolerância, de forma que agora, situações que potencialmente gerariam a recaída da pessoa, agora não são mais automaticamente associadas à droga como era antes desse tratamento.
Em fim, o grande efeito desse texto - pelo menos na minha experiência de leitura - é o de despertar a atenção das pessoas para aspectos relacionados à dependência que geralmente não são levados em consideração, quando na verdade podem ser os mais importantes. O problema principal é a forma como ele aborda o assunto, pois o texto fala do desenvolvimento dessa teoria, e não dos relatos de sua aplicação prática, o que é geralmente mais interessante para o leitor. Mas a ideia proposta no texto deve ser estudada, pois é totalmente coerente, porém, negligenciada.
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